Quando deduzimos que as pessoas têm defeitos por não agirem como nós, é porque não conhecemos o suficiente sobre elas; afinal, há várias maneiras de se alcançar bons resultados, e usar o próprio estilo pessoal costuma ser muito bom. Muitas vezes, o que acontece é que uma característica diferente acaba sendo vista como um defeito.
Embora isso seja fácil de entender, na prática, porém, os conflitos se multiplicam quando não entendemos a sensibilidade, a racionalidade ou a velocidade do outro, por exemplo.
No mundo dos esportes é bem fácil perceber isso. Há atletas que são naturalmente fortes, outros naturalmente velozes e outros, ainda, muito habilidosos. Independentemente de sua característica mais marcante, é um diferencial importante ter uma mente saudável e manter um bom relacionamento com os demais. Cabe a um bom treinador valorizar bem os diferentes talentos.
O fato é que, devido a sermos diferentes, acabamos gerando ciclos, por vezes saudáveis, e por vezes, nocivos. Afinal, você gostaria de ter ao seu lado uma pessoa que reclama o tempo todo? Ou que está sempre muito irritada consigo mesma ou com os outros?
É por essas razões que o autoconhecimento representa um dos pilares mais importantes da Inteligência Emocional. Somente com um bom autoconhecimento conseguimos ter clareza sobre as nossas atitudes automáticas e os ciclos que elas acabam gerando. Existem pessoas que têm um ciclo saudável de amizades e lidam muito bem com a própria equipe quando assumem liderança. Por outro lado, há pessoas que lidam muito mal com os outros, e não percebem que a sustentação deste padrão de comportamento tem a ver com as suas próprias emoções.
Se você é mais controlado ou mais impulsivo, é uma questão de característica pessoal; agora, o que você tem feito com isso afetará muito os seus resultados.
O mundo está querendo e precisando de líderes com mais maturidade emocional, ou seja, que não estejam preocupados somente com o seu próprio umbigo, mas sim, conscientes do reflexo de suas decisões sobre o time, a empresa e a comunidade. Agir com passividade ou reatividade costuma dificultar o nosso dia a dia; portanto, assumir o comando e ser proativo é um bom objetivo para quem busca excelência nos resultados.
Encontramos muitas dificuldades nesse campo, pois um grande número de pessoas supõe que não precisa melhorar ou simplesmente não acredita nessa possibilidade e, portanto, nem procura aprimoramento.
Quer saber por onde começar? Lembre-se do provérbio chinês que diz: “toda grande caminhada começa com um simples passo”, ou seja, a hora de começar é agora.
Mas atente às suas escolhas. Muita gente está infeliz no trabalho e, naturalmente, ficará difícil se motivar não gostando do ambiente em que passa grande parte do tempo.
Partindo do princípio de que normalmente o líder é a principal referência para todos, imagine-se procurando ser uma pessoa melhor, buscando entender a si mesmo e aos outros, mantendo a motivação e procurando melhorar o relacionamento intra e interpessoal.
Acrescente a isso o foco de estimular os membros de sua equipe para que também procurem ser melhores.
Voltando ao mundo dos esportes, isso é o que faz um time ser campeão.