Jerônimo entra na sala e diz em voz alta. “Não quero mais saber: vamos fazer as mudanças propostas, doa a quem doer!”
A atitude do líder gera um clima de tensão. Taís não se contém e vai chorar no banheiro.
Jerônimo percebe que o pessoal ficou apreensivo e aumenta o tom de voz. “E digo mais: vai ser do meu jeito!” Solange se junta a Taís.
Lucas acha que poderia ajudar a amenizar o clima, mas acaba ficando em silêncio, só observando a cena. (Ele admira a força de Jerônimo, pois para ele é difícil expressar claramente o que pensa).
Taís e Solange não se conformam com a insensibilidade de Jerônimo.
De certa forma, Jerônimo também ficou chateado, pois não queria ter agido tão impulsivamente. Já tentou ser diferente, mas para ele é difícil…
Por outro lado, Jerônimo reclamava com Lucas sobre a sensibilidade excessiva de Taís e Solange.
O fato é que no fundo todos estão tentando acertar, cada um a seu modo.
Nesta história imaginária — os nomes são fictícios — podemos compreender que a competência técnica das pessoas acabou não entrando em destaque; o que prevaleceu, foi, sim, a questão comportamental. Naturalmente, isso afetou todo o contexto.
Percebe-se claramente como atualmente é imprescindível focar no desenvolvimento da IE. Algumas pessoas têm mais facilidade com o tema; entretanto, todos podem desenvolver sua IE, que é a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.
Para isso, é necessário autoconhecimento e prática. Isso mesmo — é preciso praticar.
As coisas acontecem quando colocamos nosso foco e concentração naquilo que queremos. E por que, então, algumas pessoas não desenvolvem sua IE? Em parte, porque não sabem que podem desenvolvê-la, e também porque não querem ter o trabalho de mudar, visto que é mais fácil responsabilizar os outros.
Ou seja, devemos partir da premissa de que, para sermos melhores, não adianta ficar culpando os outros, já que é bastante evidente que as pessoas têm diferentes motivações emocionais, e isso não é um problema, muito pelo contrário.
Como praticar? Procurando situações que lhe permitam refletir a respeito: lendo um livro, assistindo a uma palestra, observando suas emoções com terapia, participando de um processo de coaching, recebendo opinião dos colegas/parentes, etc.
Sabendo que é possível desenvolver suas competências emocionais, você pode dizer que é muito difícil ou pode ao menos começar a melhorar. O que você escolhe?